O caso remete para a madrugada de 19 para 20 de março de 2013, quando um Dassault Falcon 50 foi impedido de levantar voo da pista do aeroporto de Punta Cana em direção a França porque no interior do engenho, divididos entre 26 malas gastas, estavam 680 quilos de cocaína.

Os quatro franceses a bordo - os pilotos Bruno Odos e Pascal Fauret e os passageiros Nicolas Pisapia e Alain Castany - foram detidos no aeroporto e, apesar de negarem o seu envolvimento na ação de tráfico, foram condenados pela Justiça dominicana, em 2015, a 20 anos de prisão, sendo posteriormente colocados em prisão domiciliária enquanto esperavam pela ação de recurso. Mas a história não se ficou por aqui.

Pouco tempo depois, Bruno Odos e Pascal Fauret, conseguiram ambos fugir clandestinamente pelo mar, utilizando primeiro uma lancha e depois um iate, numa operação a que chamaram de "Dîner en Ville" ("Jantar na Cidade"). Os dois homens passaram pelas ilhas de Saint Martin e Martinica até serem apanhados já em França no outono de 2015.

No longo julgamento que resultou desta segunda detenção — tido em 2019 — resultou a condenação em primeira instância a seis anos de prisão por tráfico de droga a Odos e Fauret, que foi agora revertida.

Os pilotos Fauret e Odos sempre alegaram inocência, desde a sua prisão, e o seu advogado reiterou na sua longa defesa na quarta-feira que ambos não sabiam que havia 700 quilos de cocaína nas 26 malas.

O julgamento do recurso começou esta segunda-feira. "Eu declaro-me inocente, esta é a última vez", disse um dos dois pilotos, Bruno Odos, ao tribunal. "Nunca mudei de posição em oito anos", disse o outro, Pascal Fauret.

Para os demais acusados neste processo, o tribunal de recurso confirmou as condenações proferidas em primeira instância.

Os dirigentes da empresa de aviação, Pierre-Marc Dreyfus e Fabrice Alcaud, foram condenados a 6 anos de prisão, enquanto Ali Bouchareb, responsável pelo tráfico de drogas, segundo a acusação, foi condenado a 18 anos de prisão. O seu motorista, Michel Ristic, foi absolvido em primeira instância.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.