No final da oitava sessão do julgamento no Campus da Justiça, que marcou a conclusão da produção de prova, o juiz presidente Francisco Henriques comunicou a data – 08 de fevereiro, às 09:30 - e deixou ainda em aberto a possibilidade de o ex-presidente do Grupo Espírito Santo, de 77 anos, poder comparecer para prestar declarações.
Sem marcar presença nas sessões deste julgamento, Ricardo Salgado viu ainda os seus advogados apresentarem em outubro um atestado médico de que sofre de doença de Alzheimer, visando assim a suspensão do julgamento, mas essa pretensão foi recusada pelo tribunal.
À saída da sessão desta quinta-feira, o advogado do ex-banqueiro, Francisco Proença de Carvalho, explicou aos jornalistas que Ricardo Salgado “cumprirá sempre aquilo que a lei disser e o que o tribunal disser”, mas sublinhou a proteção do arguido face ao seu atual estado de saúde.
“Ricardo Salgado não compareceu até ao momento porque a lei assim o permite, porque o tribunal assim o autorizou e porque entendemos que, atendendo à sua condição de saúde, devia proceder assim. A partir daqui, com todo o respeito pela justiça, vai cumprir todas as leis”, afirmou, acrescentando: “Neste momento tem as condições de saúde que tem e é uma prioridade para nós preservar a sua situação de saúde”.
Ricardo Salgado responde neste julgamento por três crimes de abuso de confiança, devido a transferências de mais de 10 milhões de euros no âmbito da Operação Marquês, do qual este processo foi separado.
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