“Desta forma, estamos em posição, juntamente com nossos parceiros portugueses e suecos, de formar um batalhão ucraniano misto”, afirmou em comunicado o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

O Ministério alemão indicou que, juntamente com a Polónia, dois batalhões de Leopard 2 serão enviados para a Ucrânia.

Enquanto a Polónia assumiu o envio do Leopard 2 A4, a Alemanha coordena o fornecimento dos Leopard 2 A6.

“Com o anúncio da Suécia hoje para enviar 10 tanques Leopard 2 A5 que são tecnicamente semelhantes aos A6, juntamente com Portugal, estamos prontos para entregar 31 tanques Leopard 2 à Ucrânia”, afirmaram as autoridades alemãs.

No primeiro aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia, que hoje se assinala, o anúncio “envia um novo sinal de forte apoio” a Kiev, disse ainda o Ministério da Defesa alemão

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou em 08 de fevereiro que Portugal tem em execução o plano de manutenção dos tanques Leopard 2 e que está em condições de dispensar três à Ucrânia no próximo mês de março.

Berlim estava renitente em autorizar o envio destes carros de combate, mas, após forte pressão das autoridades de Kiev e de vários aliados, acabou por ceder, tal como os Estados Unidos, em relação aos blindados Abrams.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.