“Em Portugal, a população inativa situou-se, em 2021, em cerca de 5,1 milhões de indivíduos, existindo no país 106,6 inativos por cada 100 empregados”, refere o INE nos Anuários Estatísticos Regionais, hoje divulgados, onde assinala que este rácio “diminuiu face a 2020”, quando tinha sido 112,2.
No ano em análise, Alentejo (111,7), Açores e Lisboa (111,5) e Centro (107,9) eram as regiões com uma taxa superior à nacional.
Em sentido inverso, Algarve (105,1), Madeira (104,9) e Norte (101,2) ficaram abaixo da média do país.
Quanto à taxa de desemprego, que baixou de 7,0% em 2020 para 6,6% em 2021, Algarve (8,2%) e Madeira (7,9%) apresentaram as mais elevadas, tendo o Centro (5,8%) a única região com uma percentagem inferior à média nacional.
No segmento da Construção e Habitação, o INE regista que em 2021 foram concluídos 19.081 fogos e licenciados 28.508 em construções novas e familiares, “o que se traduziu num rácio de 149,4 fogos licenciados por fogos concluídos”.
“A relação entre o número de fogos licenciados e concluídos em construções novas para habitação familiar — indicador que pretende medir a potencial oferta futura de nova habitação — registou uma ligeira diminuição em 2021 comparativamente a 2020 (150,1)”, constata o instituto estatístico.
Já o preço mediano de alojamentos familiares foi de 1.297 euros por metro quadrado, mais 9,0% face a 2020, ficando acima da média nacional no Algarve (2.000 euros por metro quadrado), Lisboa (1.813), Madeira (1.436) e Porto (1.370).
O município de Lisboa apresentou o valor mais elevado por metro quadrado — 3.531 euros.
O preço mediano das habitações adquiridas por compradores com domicílio fiscal em Portugal foi de 1.273 euros por metros quadrados, subindo para 2.105 euros no caso de compradores com domicílio fiscal no estrangeiro.
A nível internacional, a mediana entre compradores da União Europeia foi de 1.788 euros por metro quadrado, subindo para 2.565 euros por metro quadrado nos restantes países.
No campo da educação, o INE destaca que a taxa de transição/conclusão no ensino secundário subiu 0,2 pontos percentuais, para 91,7%, “mantendo a tendência de melhoria registada desde 2011/2012”.
Acima da média regional em 2020/2021 estiveram Norte (94,3%) e Centro (91,8%), enquanto Açores (87,2), Algarve (88,7%) e Lisboa (88,9%) eram as regiões que apresentavam, comparativamente, “menores taxas de transição/conclusão neste nível de ensino”.
Todas as regiões apresentavam melhores taxas de transição/conclusão nos cursos científico-humanísticos que nos cursos tecnológicos e profissionais.
Já no ensino superior, cerca de 81% dos 433.217 alunos inscritos estavam matriculados no ensino superior público, tendo havido “um aumento de 5,2% no total” face ao ano letivo anterior.
Sobre a participação política, a taxa de abstenção nas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022 foi de 48,6%, inferior à de 51,4% de 2019, tendo Lisboa sido a que registou maior participação (39,3% de abstenção).
Açores, Madeira e Algarve foram as regiões que tiveram maiores taxas de abstenção em 2022, com 63,3%, 50,4% e 48,7%, respetivamente.
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