Às 12h00, a participação nas eleições municipais era de 36,69%, face a 35,10% em 2019, informou Isabel Goicoechea, subsecretária de Estado do Ministério do Interior.

Além de todos os municípios do país, os espanhóis vão renovar os parlamentos e, portanto, os governos de 12 das 17 regiões do país. A participação também cresceu na maioria dessas regiões em relação às eleições anteriores, segundo dados oficiais. Nem a chuva em grande parte do país impediu a ida às urnas.

As votações serão encerradas às 18h00 e os primeiros resultados são esperados pelas 20h00.

O presidente do governo, Pedro Sánchez, votou em Madrid no início da manhã e deixou o apelo para que os cidadãos se desloquem em massa às urnas. "Quanto mais pessoas votarem hoje, melhor para as nossas instituições", disse aos jornalistas.

Uma mensagem semelhante à do seu principal rival, o líder do Partido Popular (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo, que votou poucas horas depois também na capital espanhola.

"Esperam-nos anos complexos. Por isso, quanto mais governos fortes tivermos, mais forte será a nossa democracia e mais rápido sairemos dos problemas", disse-

Um "teste importante" 

Estas eleições "são um teste importante, porque é a única forma que temos de expressar a nossa opinião em todos estes anos de governo", disse à AFPTV María Alonso, médica de 61 anos que votou em Madrid.

Embora o nome de Pedro Sánchez não esteja em nenhum boletim de voto, o que está em jogo é muito importante para o seu futuro político e do seu governo de esquerda.

Presidente do governo desde 2018, Pedro Sánchez chega a este teste eleitoral com desvantagens: o desgaste do poder, a inflação elevada - embora inferior à da maioria dos países europeus - e a consequente queda do poder de compra.

A imagem do governo sofreu com os repetidos confrontos entre os sócios da coligação: os socialistas e a esquerda radical do Podemos.

Neste contexto, Núñez Feijóo procurou apresentar as eleições deste domingo como um plebiscito sobre Sánchez, que acusa de ser subordinado, tanto à esquerda radical, quanto aos partidos pró-independência do País Basco e da Catalunha, que costumam apoiar o governo para aprovar as suas reformas.

Sánchez fez campanha a exaltar o seu governo, especialmente em questões económicas e na luta contra a seca e gestão da água, uma questão cada vez mais central em Espanha, país europeu na linha da frente contra a mudança climática.

Das 12 regiões que vão renovar o seu parlamento, 10 são lideradas pelos socialistas, seja diretamente ou em coligação.

O número de regiões que o PP conseguir arrancar dos socialistas vai determinar se Núñez Feijóo pode afirmar que venceu esta primeira volta das eleições e se a sua vitória no final do ano é inevitável.

*Por Christian Chaise /AFP