1. Amazónia: de sumidouro de carbono a emissor de gases de efeito de estufa
Em uma investigação inédita, um grupo de 31 cientistas calculou todos os gases de efeito de estufa que estavam a entrar e a sair para a atmosfera na Floresta Amazónica, e descobriram que a região — há muito descrita como o "pulmão do planeta — é agora um emissor de gases de efeito de estufa.
A Amazónia é um dos maiores sumidouros de carbono do mundo, ou seja, absorve mais gases de efeito de estufa do que são produzidos, mas há vários fatores que fizeram com que a floresta passasse agora a ser um emissor, nomeadamente, incêndios, desmatamento e também inundações sazonais.
A investigação conclui que, enquanto continuarmos a queimar combustíveis fósseis, as florestas por si só não conseguirão desacelerar as mudanças climáticas.
Para ler na íntegra em Mongabay
2. As empresas petrolíferas sabiam já há décadas que os combustíveis fósseis representam graves riscos para a saúde
Numa longa reportagem, o The Guardian revela que as empresas de petróleo e gás sabiam há, pelo menos, 50 anos dos graves riscos para a saúde provocados pela poluição no ar resultante da queima de combustíveis fósseis.
Apesar disso, continuaram a fazer “lobby contra as Leis de Ar Puro”, um conjunto de leis federais dos Estados Unidos projetadas para controlar a poluição do ar a nível nacional.
Os documentos explicam que a indústria estava há muito tempo ciente de que criava grandes quantidades de poluição no ar, que os poluentes podiam alojar-se nos pulmões e ser “verdadeiros vilões nos efeitos para a saúde”, e até mesmo que os próprios trabalhadores podiam estar a ter filhos com defeitos de nascença.
“Primeiro eles sabem, depois planeiam, depois negam e depois atrasam”, refere Geoffrey Supran, investigador da Universidade de Harvard que estuda a história das empresas de combustíveis fósseis e mudanças climáticas.
Para ler na íntegra em The Guardian
3. Ex-responsável pela rede elétrica da China acha que o país atingirá o limite de emissões em 2028
O ex-presidente da Companhia Nacional da Rede Elétrica da China, Liu Zhenya, acredita que o país pode alcançar o limite imposto para a redução de emissões em 2028, dois anos antes do que foi projetado.
Diz também que a China poderá atingir a neutralidade carbónica em 2055, cinco anos antes da meta que o presidente Xi Jinping definiu em setembro do ano passado.
Esta transição irá exigir uma combinação de tecnologia inteligente, linhas de transmissão de energia de longa distância e um enorme desenvolvimento de energia renovável, disse Liu na conta WeChat da Organização Global de Desenvolvimento e Cooperação de Interconexão de Energia, da qual é presidente.
Para ler na íntegra em Bloomberg Green
4. Os efeitos que a pior seca do oeste americano poderá ter no futuro
Grande parte do oeste americano enfrenta a pior seca em anos. Como relata a Bloomberg Green, a seca “levou” cerca de 75% das terras em 11 estados, “criando um desastre climático que pode prejudicar a agricultura, aumentar o risco de incêndios florestais mortais e até mesmo afetar a produção de energia.
Apesar de a seca não ser uma novidade nestes estados, onde milhões de pessoas vivem, cultivam e criam gado em condições desérticas que exigem grandes quantidades de água, o aquecimento global está a agravar o problema.
Para ler na íntegra em Bloomberg Green
Por cá: APA considerou não estarem reunidas condições para venda das barragens pela EDP
A Agência Portuguesa do Ambiente considerou não estarem reunidas as condições para a realização da venda de cinco barragens na bacia do Douro, pela EDP, ao consórcio liderado pela Engie e propõe que seja solicitado um parecer jurídico.
A conclusão da APA foi de considerar “não estarem reunidas as condições para autorizar a transmissão destes aproveitamentos hidroelétricos [AH], nomeadamente do AHFT [aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua] e do AHBS [aproveitamento hidrelétrico de Baixo Sabor], face ao estado de implementação das medidas ambientais”.
Em 13 de novembro de 2020, foi anunciado que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha aprovado a venda de barragens da EDP (Miranda, Bemposta, Picote, Baixo Sabor e Foz-Tua) à Engie.
A EDP concluiu, em 17 de dezembro, a venda por 2,2 mil milhões de euros de seis barragens na bacia hidrográfica do Douro a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova.
Para ler na íntegra em SAPO24
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