“Apesar de parecerem pequenos passos, são dados no caminho certo”, diz a Quercus em comunicado, acrescentando que na redução do consumo de papel a medida podia ter sido “mais ambiciosa e sustentável”.

A medida hoje aprovada em Conselho de Ministros “é um sinal de que o problema do uso abusivo de plásticos de utilização única, e as suas consequências para o ambiente, é de facto um assunto sério que merece a maior atenção de governos, indústria, empresas, organizações não-governamentais e da sociedade civil em geral”, sustenta a Quercus.

Além da redução de consumos, a medida tem um cariz de educação ambiental dos funcionários públicos e pode ser exemplo para o setor privado, salienta a Quercus.

A associação ambientalista ZERO também considerou a medida “muito positiva”.

O Conselho de Ministros aprovou hoje uma resolução que proíbe a administração direta e indireta do Estado de usar garrafas, sacos e louça de plástico, pretendendo ainda reduzir em 25%, num ano, o consumo de papel e consumíveis.

Um exemplo da nova medida serão os próprios comunicados do Conselho de Ministros, que a partir da próxima reunião do Governo já não serão distribuídos em papel, como habitualmente, aos jornalistas, passando a estar apenas disponíveis na página de internet do executivo.

"A resolução terá caráter vinculativo para a administração direta e indireta do Estado, incluindo os institutos públicos de regime especial, para os gabinetes dos membros do Governo, e para o setor empresarial do Estado, aplicando-se, a título facultativo, à administração autónoma", pode ler-se no comunicado do Conselho de Ministros.