"Era a esta hipocrisia que me referia. O Primeiro-Ministro solidariza-se imediatamente com o jogador de futebol, mas nunca o vimos fazer isto relativamente aos polícias, aos professores ou aos médicos agredidos, insultados e humilhados todos os dias."
Esta foi a segunda publicação de André Ventura em poucas horas e surge depois de, também durante a noite, o primeiro-ministro António Costa ter manifestado a sua solidariedade com o jogador do FC Porto, Moussa Marega, ontem alvo de insultos racistas durante o jogo entre o clube que representa e o Vitória de Guimarães, o que determinou que decidisse sair do campo em protesto.
“Todos e quaisquer atos de racismo são crime e intoleráveis. Nenhum ser humano deve ser sujeito a esta humilhação. Ninguém pode ficar indiferente. Condeno todos e quaisquer atos de racismo, em quaisquer circunstâncias”, escreveu António Costa na sua conta na rede social “Twitter”.
Na noite de domingo, André Ventura tinha feito uma primeira publicação, pouco tempo depois do jogo em Guimarães, em que considerou os acontecimentos do jogo em que o jogador maliano ao serviço do FC Porto foi insultado nas bancadas não como racismo mas como se tratando de "o síndrome Joacine que começa a invadir as mentalidades". "País de hipocrisia em que tudo é racismo e tudo merece imediatamente uma chuva de lamentos e de análises histórico - megalómanas. O nosso problema não é o racismo. É a hipocrisia", escreveu.
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