Angela Merkel, que chegou a Israel na quarta-feira em visita oficial, disse que a sua visita ao Yad Vashem aconteceu alguns dias antes do 80.º aniversário da Kristallnacht (Noite de Cristal), episódio de perseguição aos judeus na Alemanha que antecipou os "crimes inigualáveis e a rutura da civilização com o Holocausto".
Deste período "deriva a responsabilidade perpétua da Alemanha de manter a memória deste crime e de se opor ao antissemitismo, à xenofobia, ao ódio e à violência", escreveu a chanceler no livro de visitas do memorial, local de passagem quase obrigatório para todos os dirigentes estrangeiros, sobretudo os alemães.
A própria Merkel visitou o Yad Vashem várias vezes no passado.
A primeira-ministra alemã colocou uma coroa no Salão da Memória, um imponente e sombrio edifício de betão e basalto em que estão inscritos os nomes dos campos de extermínio nazis.
A visita de Angela Merkel a Israel acontece num momento de preocupação com o ressurgimento do antissemitismo na Alemanha.
Este aumento do antissemitismo é também uma preocupação para o Governo de Israel.
Há, "infelizmente, muito antissemitismo" na Alemanha, disse a primeira-ministra alemã pouco antes da sua visita.
“Os judeus e judias que vivem na Alemanha são um enriquecimento para nós", acrescentou a chanceler.
Angela Merkel levou na sua comitiva Felix Klein, desde maio o responsável do seu Governo na luta contra o antissemitismo.
A Noite de Cristal, entre 09 e 10 de novembro de 1938, representou o eclodir da violência contra os judeus, em que foram destruídos e saqueados comércios, empresas e sinagogas na Alemanha.
A violência causou 90 mortes entre a população judaica. Cerca de 30.000 homens foram presos e depois deportados.
Comentários