No comunicado de imprensa, a Polícia Nacional do Huambo lamenta as mortes, que não foram “possível evitar” devido aos “atos de violência e afronta às forças policiais”.
Além das vítimas, a polícia registou igualmente a quebra de vidros em dois autocarros de transporte público, uma ambulância, dos gabinetes provinciais do Urbanismo e Ambiente, da agência noticiosa angolana, ANGOP, do INAFOP e da subestação do Caminho de Ferro de Benguela.
A polícia refere ainda a tentativa de vandalização de armazéns de bens alimentares e da 3.ª esquadra de polícia, bem como a vandalização de cinco comités de ação do partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).
Segundo o balanço, foram apreendidas 29 motorizadas por envolvimento direto nos atos de desordem pública, que serão responsabilizados criminalmente.
“O comando da Polícia Nacional do Huambo endereça às famílias enlutadas os mais profundos sentimentos de pesar pela perda dos seus entes queridos durante os atos de desordem pública registados e reitera o compromisso de continuar a trabalhar no reforço do sentimento de segurança das comunidades, garantindo, nos termos da lei, o livre exercício dos direitos e liberdades dos cidadãos, pelo que apela à população a manter-se calma, evitando envolver-se em atos que promovam a violência e a desordem pública”, lê-se no comunicado.
Na segunda-feira, o Huambo começou a registar atos de desordem pública, que, segundo a polícia, consistiram na paralisação das atividades de táxi em vários pontos da província, com incidência nos municípios do Huambo e Caála, em várias paragens de táxis, onde taxistas e moto taxistas haviam montado várias barricadas para molestar colegas que não aderiram “ao protesto violento, agredindo-os com objetos de arremesso ao mesmo tempo que retiravam os passageiros de seus veículos”.
Esta situação, “motivou a pronta intervenção das forças policiais, com o intuito de salvaguardar a integridade física das pessoas e dos seus bens”.
Em causa está o aumento, a partir de sexta-feira passada, do preço da gasolina, na sequência da retirada da subvenção aos combustíveis pelo Governo.
De acordo com o Governo, a subvenção mantém-se para taxistas, moto taxistas, transportes coletivos urbanos, setor das pescas e agricultura.
Para que taxistas, moto taxistas e detentores de embarcações de pesca artesanal continuem a pagar 160 kwanzas o litro da gasolina (0,25 euros) ao invés do preço de 300 kwanzas (0,48 euros) o litro da gasolina, o Governo vai atribuir cartões personalizados a esta classe de operadores, que estejam licenciados, com o subsídio diário de 7.000 kwanzas (11,3 euros) a diferença para cobrir o novo valor estipulado para este derivado de combustível.
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