A informação, avançada hoje pelo diretor nacional de Combate ao Crime Organizado e Tráfico de Seres Humanos do SIC, Paulo Lufunguila, dá conta de que entre janeiro de 2017 a novembro de 2019, foram detidos 55 cidadãos angolanos e 30 estrangeiros.
Entre estes destacam-se “seis congoleses-democráticos, quatro namibianos, dois da Guiné-Conacri, tendo sido resgatadas 217 vítimas, entre as quais 35 mulheres, 125 menores, algumas das quais fruto da cooperação internacional entre o nosso órgão e outros departamentos ministeriais”, referiu Paulo Lufunguila, em declarações divulgadas pela rádio pública angolana.
O responsável frisou que o SIC, em cooperação com o Serviço de Migração e Estrangeiros e a Polícia Nacional, tem estado a desencadear ações que já levaram para as barras dos tribunais 20 cidadãos.
Segundo Paulo Lufunguila, este fenómeno em Angola regista-se essencialmente nas zonas fronteiriças, com particular realce nas áreas que dividem o país lusófono da República da Namíbia.
“Nesta fronteira, os cidadãos angolanos são traficados para trabalharem nas lavras de cidadãos namibianos, em território namibiano, enquanto que cidadãos supostamente provenientes da República Democrática do Congo, com documentação obtida de forma fraudulenta, procuram a todo custo traficar crianças angolanas, recrutando a partir de Luanda, com destaque para a fronteira do Luvo”, salientou.
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