No julgamento, que decorre à porta fechada, o homem, de 57 anos, responde à acusação de abuso de uma menina desde 2009, quando a criança tinha 7 anos, até 2015, altura em que começaram a existir comentários entre os crentes e em que a congregação deliberou que não era pessoa “moralmente indicada” para representar a igreja.

Quando foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, o arguido negou a prática de todos os factos que lhe são imputados no processo.

Segundo a acusação do Ministério Público, o homem aproveitou-se do facto de ser o pastor da comunidade religiosa e da relação de amizade que mantinha com os pais da vítima.

Os alegados episódios de abusos ocorreram dentro da igreja, na garagem da casa do arguido, quando o casal e a filha o visitavam aos fins de semana, na casa da avó da menor, onde o pastor se deslocava para lhe ministrar estudos bíblicos, e no seu carro, pois esperava-a à porta da escola para lhe dar boleia.

A acusação refere que o pastor não teve relações sexuais com a menor, mas que a apalpava por baixo da roupa nas zonas mais íntimas sempre que tinha oportunidade, e que chegou a exibir o seu pénis à vítima, pedindo-lhe para fazer sexo oral, além de outros episódios.

Na conta do Facebook da menor, a família encontrou, depois de ter conhecimento dos abusos, várias conversas entre ambos, nomeadamente a afirmação do arguido de que queria casar com ela quando fizesse 18 anos, uma vez que a sua esposa o rejeitava sexualmente.

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