O primeiro-ministro, António Costa, convocou uma reunião de emergência para sábado de manhã, na sua residência oficial, em Lisboa, devido à greve dos motoristas. A notícia foi avançada inicialmente pela RTP.
“Esta reunião extraordinária, em São Bento, destina-se a coordenar os trabalhos do Governo para fazer face aos efeitos da greve dos motoristas que está prevista iniciar a partir das 00:00 de segunda-feira”, afirmou fonte à agência Lusa.
António Costa convocou para estarem presentes os ministros dos Negócios Estrangeiros e ‘número dois’ do Governo, Augusto Santos Silva (que regressou hoje da Alemanha onde acompanhou o Presidente da República na sua deslocação oficial), da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes. Em representação do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, estará o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado.
"Haverá declarações no final da reunião pelo primeiro-ministro", adiantou a fonte do gabinete de António Costa.
A notícia surge no dia em que o Governo declarou crise energética, a começar às 23h59 desta sexta-feira, 9 de agosto, que durará até à mesma hora de dia 21.
A greve dos motoristas
Em 15 de julho foi marcada nova greve pelos sindicatos SNMMP e Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM), acusando a Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio. Também se associou à greve o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).
Os representantes dos motoristas pretendiam um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em janeiro de 2020, 800 euros em janeiro de 2021 e 900 euros em janeiro de 2022, o que, com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em janeiro de 2020, 1.550 euros em janeiro de 2021 e 1.715 euros em janeiro de 2022.
O Governo socialista fixou na quarta-feira os serviços mínimos para a greve depois das propostas dos sindicatos e da associação patronal Antram terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluiriam trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
(Artigo atualizado às 19:47)
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