“Qualquer decisão é uma boa decisão, pelo atraso que temos e, sobretudo, porque esta decisão vai beneficiar de um estudo e de uma informação técnica sólida”, disse António Costa, em declarações à margem do 2.º Encontro Anual das Agendas Mobilizadoras, que decorre em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.
Costa disse que já houve “outras informações técnicas muito sólidas que fundamentaram decisões anteriores”, mas assinalou que esta tem a vantagem de ter sido feita por uma comissão que foi constituída de forma “completamente aleatória relativamente a quem tem de decidir”.
Muito embora a decisão sobre a localização do aeroporto seja tomada por um decisor político, o primeiro-ministro considerou que o que é importante para os cidadãos, tendo em conta o investimento avultado do projeto, é que a decisão possa ser tomada “com base na melhor informação técnica que está disponível”.
O chefe do executivo admitiu ainda sentir “frustração” por não ter concluído grandes projetos que estão em curso, mas assinalou que o que é importante é que o país não se “frustre”.
“Para que o país não se frustre é fundamental que as coisas que estão em andamento continuem em andamento”, disse, dando como exemplo a obra da nova linha de metro de superfície entre Odivelas a Loures, que será lançada esta semana, e as obras do projeto de alta velocidade.
No que diz respeito ao aeroporto, Costa disse que o próximo Governo, quando entrar em funções, “está em condições de decidir a localização do aeroporto”.
A Comissão Técnica Independente (CTI) entregou ao Governo na segunda-feira o relatório final sobre as opções de localização para o novo aeroporto de Lisboa, devendo a Comissão de Acompanhamento emitir o seu parecer antes da publicação do relatório, prevista para 22 de março. Em 5 de dezembro, a CTI apresentou o relatório preliminar, que depois foi submetido a consulta pública.
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