Na reunião com Rui Moreira, na segunda-feira à tarde, o chefe do Governo estará acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

A mesma fonte acrescentou que o objetivo do encontro é tentar, com o presidente da câmara portuense, “encontrar soluções para resolver o mais rapidamente possível” os atrasos nas obras de requalificação da escola Alexandre Herculano, no Porto.

Na sexta-feira, Rui Moreira admitiu que as obras de requalificação da escola possam "derrapar" cerca de nove a dez meses, dado que é necessário lançar um novo concurso público internacional.

"O lançamento de um concurso público implica sempre, no mínimo, seis, sete meses porque são concursos públicos internacionais, portanto, isto vai, provavelmente, fazer derrapar qualquer coisa como nove, dez meses e é por isso mesmo que, quando me perguntam quando é que a obra vai estar pronta, eu digo sempre não sei porque estas vicissitudes ocorrem", afirmou.

Na quinta-feira, a autarquia revelou que o concurso público lançado pela Câmara do Porto para reabilitar a Escola Secundária Alexandre Herculano "não teve concorrentes", adiantando ter "devolvido o assunto ao Governo" para que este tome as "competentes decisões".

De acordo com o município, o júri do concurso concluiu que, "apesar de ter havido 14 empresas interessadas na obra, nenhuma apresentou propostas válidas e quase todas declararam que o preço base de sete milhões de euros era insuficiente para a realização dos trabalhos".

A recuperação do antigo liceu, instalado num edifício do arquiteto Marques da Silva, previa a construção de um pavilhão polidesportivo a implantar no perímetro das instalações da escola.

A escola foi encerrada pela direção em 26 de janeiro de 2017 devido ao seu estado de degradação, que poderia pôr em causa a segurança de alunos, professores e funcionários, e reabriu portas em 13 de setembro daquele ano para algumas turmas após obras consideradas prioritárias.

A reabilitação da centenária Alexandre Herculano, imóvel classificado, esteve prevista para 2011, ano em que a decisão do XIX governo de suspender 40 investimentos e cancelar outros 94 previstos no Plano de Modernização das Escolas com Ensino Secundário determinou o cancelamento desta intervenção.