Em comunicado enviado à Lusa, a AATMD refere que os “operadores turísticos do Douro acumulam prejuízos em resultado das sistemáticas interrupções de navegação e avarias das eclusas”, que “em apena três meses registam sete avarias”, numa altura em que “a época alta dos cruzeiros está a iniciar”.
“Em todas as situações, a navegação no Douro sofreu interrupções superiores a dez horas consecutivas, o que se manifesta em alterações forçadas de itinerários, prejuízos avultados para os operadores marítimo-turísticos e para a região”, refere a nota, nomeando ainda as avarias nas eclusas de Crestuma, por três ocasiões, a da Régua por duas, e a da Valeira e do Carrapatelo com uma avaria cada.
Os responsáveis da AAMTD, citados no documento, dizem que esperavam que a situação na eclusa do Carrapatelo, ocorrida na segunda-feira, “fosse resolvida até ao final da manhã de hoje”, porém, “as previsões mais otimistas apontam para que a navegação seja reposta durante a manhã do dia 04 de julho [quarta-feira], sem garantias” que isso aconteça.
“A impossibilidade de concluir os percursos contratualizados com os seus clientes, obriga as empresas de cruzeiros a encontrar soluções alternativas por terra que permitam aos turistas conhecer a região do Douro, alternativas cujos custos são suportados pelas próprias empresas de cruzeiros”, prosseguem.
A interrupção forçada da navegação tem obrigado a que muitos turistas se tenham de deslocar de autocarro do interior do Douro para o aeroporto, não conseguindo completar o seu programa de cruzeiro, que tem duração prevista de uma semana. Aos prejuízos financeiros que os operadores têm vindo a acumular, soma-se o impacto negativo que estas situações têm na imagem turística da região, sobretudo quando falamos de avarias sistemáticas e consecutivas.
A associação admite ainda que a situação tem “obrigado a que muitos turistas se tenham de deslocar de autocarro do interior do Douro para o aeroporto, não completando o seu programa de cruzeiro de uma semana”, acumulando “prejuízos financeiros” com o “impacto negativo na imagem turística da região”.
“Com a época alta dos cruzeiros diários a iniciar-se em julho e a consequente maior afluência de turistas ao Douro, o cenário atual de constantes avarias e interrupções é preocupante e insustentável. Num momento em que Portugal e o Douro são novamente destaque no panorama turístico internacional, com os prémios World Travel Awards a reconhecer a excelência do turismo português, somos confrontados com um cenário de incertezas e inoperâncias que coloca em causa o turismo num dos mais belos patrimónios que Portugal tem para apresentar a quem nos visita”, concluem os responsáveis.
A Lusa tentou contactar a APDL para obter esclarecimentos, mas tal não foi possível até ao momento.
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