Em comunicado, a NAV diz que o projeto para a reorganização do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa foi aprovado em 23 de outubro pela INFANAV, comissão permanente de navegação aérea que integra a ANAC - Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Força Aérea Portuguesa e a NAV Portugal.

Este projeto “prevê a reorganização e conciliação da utilização civil e militar do espaço aéreo da região de Lisboa e a sua aprovação significa que estão reunidas as condições para aumentar gradualmente a capacidade da ATL até aos 72 movimentos/hora”, refere.

O projeto foi criado pelo Grupo de Trabalho Espaço Aéreo (GTEA) a partir da conjugação dos termos previstos na Carta de Operação entre a Força Aérea e a NAV Portugal assinada no passado 28 de junho de 2019.

O documento, que prevê a cedência de espaço aéreo de Sintra, com os termos já acordados para a futura Carta de Operação a celebrar entre as mesmas entidades, mas para a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real, garante as condições necessárias para se avançar com o aumento gradual da capacidade do sistema aeroportuário de Lisboa até 72 movimentos/hora.

Os termos previstos nestes acordos entre a Força Aérea e a NAV “preveem a cedência de espaço aéreo de Sintra a partir de abril de 2020 e a cedência parcial do espaço aéreo de Monte Real a partir do Verão IATA 2021”.

No caso de Sintra, o objetivo visa a viabilização do novo sistema de encaminhamento de tráfego já a partir de abril de 2020.

“Através dos acordos são redefinidos limites verticais e laterais do espaço aéreo sob jurisdição militar, assim como limites verticais da ATL de modo a permitir novos procedimentos para o aeródromo de Cascais”, refere.

“Os acordos foram desenhados de forma a garantir igualmente a execução das missões da Força Aérea, necessárias para assegurar a prontidão do seu sistema de forças”, acrescenta.

De acordo com a NAV, a reorganização operacional do espaço aéreo em curso “não só irá aumentar a capacidade aeroportuária de Lisboa, como oferecerá uma estrutura de espaço aéreo mais eficiente, permitindo uma melhor gestão do tráfego na fase de aproximação a Lisboa e, desta forma, a redução de atrasos e do total de emissões de gases de estufa associadas ao transporte aéreo”.