Este concelho do distrito de Coimbra regista 107 habitações permanentes e 30 de segunda habitação afetadas pelas chamas, disse à agência Lusa Luís Paulo Costa, referindo que os prejuízos nas casas estarão próximos dos cinco milhões de euros.

“Há algumas casas em que os danos ocorreram exclusivamente no telhado e serão intervenções de menor valor, mas temos muitas situações de prejuízo total”, realçou.

Já nas infraestruturas municipais, haverá um prejuízo na ordem dos “dez a 12 milhões de euros”.

Para além de o fogo ter afetado duas estações de tratamento de águas residuais e outros equipamentos municipais, o município terá de investir em “muitos quilómetros de ‘rails’ de proteção” nas estradas em zonas de montanha.

Nesses locais, as árvores “desapareceram ou vão desaparecer”, perdendo-se uma “cortina de proteção” natural das vias rodoviárias, que terá agora de ser substituída “por uma solução artificial”, explanou Luís Paulo Costa.

Em Arganil, registam-se ainda “mais de 20 empresas afetadas”, entre firmas ligadas à madeira, uma carpintaria, uma do setor dos transportes e vários estaleiros de empresas da construção civil do concelho.

O município registou cerca de 25 mil hectares ardidos, como consequência do fogo de 15 de outubro.

“Uma boa parte dessa área tinha floresta, que criava um retorno financeiro importante para o território”, notou, sublinhando que se regista “uma pressão muito grande sobre os preços”, estando os proprietários desprotegidos.

“O preço está a ser esmagado. É preciso regulação para o proprietário não acabar a pagar ao madeireiro para tirar a madeira da mata”, vincou Luís Paulo Costa.