Arménio Carlos disse hoje à agência Lusa que se reuniu com os responsáveis da Carris na quarta-feira, e ficou combinado que se apresentaria ao serviço na quarta-feira da próxima semana.
Nessa data, o ex-sindicalista começará por se apresentar ao departamento de pessoal da Carris e depois irá para o seu local de trabalho, na Musgueira, onde vai integrar a equipa que organiza e distribui o trabalho naquela estação central da Carris.
O ex-sindicalista deixou a liderança da CGTP no seu último congresso, determinado a voltar ao seu trabalho na Carris, porque se considera um trabalhador como os outros, apesar de se ter dedicado ao sindicalismo a tempo inteiro durante cerca de 35 anos.
Aos 64 anos, saiu por limite de idade, depois de oito anos como secretário-geral da CGTP, com a convicção de que ainda pode contribuir para a resolução dos problemas laborais da Carris, onde começou a trabalhar como eletricista em 1974.
A CGTP tem uma regra que não permite manter dirigentes em idade de reforma, ou em situação de reforma ou pré-reforma mesmo sem os 66 anos. Ou seja, os sindicalistas não se podem candidatar a um novo mandato quando têm a perspetiva de atingir a idade de reforma nos quatro anos seguintes.
A decisão de voltar à Carris foi uma opção refletida, segundo disse à Lusa, pois podia ter avançado já para a reforma dado que tem uma carreira contributiva de 46 anos.
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