Com uma maioria de 521 votos dos 1.001 delegados chamados a votar, Armin Laschet bateu Friedrich Merz (que obteve 466), candidato mais à direita que já tinha concorrido à liderança dos democratas-cristãos alemães em 2018, tendo perdido para Annegret Kramp-Karrenbauer.
Além de ser o atual ministro-presidente (designação oficial do cargo) do Estado mais populoso da Alemanha, Armin Laschet é formado em direito, foi jornalista e membro do parlamento alemão e europeu, antes de entrar na política regional alemã na região do noroeste do país.
Angela Merkel anunciou em 2018 que iria abandonar o cargo de chanceler alemã este ano, tendo também abandonado a liderança da CDU.
Além de ter derrotado o também antigo adversário de Merkel Friedrich Merz, Armin Laschet também derrotou um terceiro candidato, Norbert Röttgen, que foi eliminado na primeira ronda de votações.
Segundo a AP, não havia um favorito claro para a eleição, e Friedrich Merz disse aos delegados do congresso realizado 'online' que aos 16 anos se inscreveu num partido "que tem princípios, que lutou apaixonadamente pelas suas políticas... sempre levado pela ideia de que não há maiorias de esquerda" na Alemanha.
Já Laschet é o presidente do estado mais populoso da Alemanha, que tradicionalmente é de centro-esquerda mas cujas eleições o agora líder da CDU venceu em 2017.
De acordo com a AP, Armin Laschet é visto como estando na linha pragmática centrista de Angela Merkel, e hoje apontou à continuidade da moderação.
"Temos de falar claramente, mas não polarizar. Temos de integrar e manter a sociedade junta", disse aos congressistas da CDU.
A eleição de hoje termina um impasse de 11 meses na CDU, depois de Annegret Kramp-Karrenbauer ter anunciado a sua renúncia, tendo a votação de hoje sido adiada devido à pandemia de covid-19.
Apesar da eleição, não é certo que Armin Laschet seja o candidato às legislativas de setembro, dado que a CDU se coliga com a CSU da Baviera, e os dois partidos irão decidir juntos quem se candidata pelo centro-direita alemão.
O líder da CSU e ministro-presidente da Baviera, Markus Söder, é considerado como um potencial candidato depois de ganhar estatuto político durante a pandemia.
Jens Spahn, ministro da Saúde da Alemanha e adjunto de Laschet, também é visto como possível candidato, segundo a AP.
(Notícia atualizada às 12:31)
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