A juíza Deborah Taylor, que leu a sentença no tribunal criminal de Southwark, disse que o australiano de 47 anos mereceu quase o total da sentença máxima de um ano (52 semanas) por causa da gravidade da sua ofensa e rejeitou o pedido de clemência.

Numa carta lida pelo advogado de defesa, Mark Summers, Assange invocou ter sido confrontado com “circunstâncias apavorantes” que o levaram a refugiar-se durante sete anos na embaixada do Equador em Londres em junho de 2012 para evitar a extradição para a Suécia, onde seria questionado sobre alegações de abusos sexuais sobre duas mulheres.

Entretanto, Assange deverá comparecer no tribunal de magistrados de Westminster na quinta-feira devido ao pedido de extradição para os EUA de que é alvo por “conspiração” para infiltrar o sistema informático do Pentágono.

O castigo máximo para o crime de que é acusado pelas autoridades norte-americanas é cinco anos de prisão.

Em 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 90.000 documentos confidenciais relacionados com ações militares dos EUA no Afeganistão e cerca de 400.000 documentos secretos sobre a guerra no Iraque.

Naquele mesmo ano foram tornados públicos cerca de 250.000 telegramas diplomáticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, o que embaraçou Washington.