“O novo responsável máximo da instituição tem já o conhecimento e a experiência suficientes dentro da GNR para que, da melhor forma, consiga eficazmente dar resposta ao momento complicado que se vive”, refere a AGP, comunicado.

O general Luís Botelho Miguel tomou hoje posse como comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, substituiu no cargo o tenente-general Manuel Mateus Couto, numa cerimónia que decorreu no Ministério da Administração Interna e presidida pelo primeiro-ministro, António Costa.

Oficial do Exército, Botelho Miguel assumia funções de segundo comandante-geral da GNR e está na corporação desde 2010.

A APG adianta que a corporação vive “momentos de desmotivação” com os militares a sentirem “desvalorizados e até discriminados em relação a forças congéneres”.

Segundo a associação mais representativa da GNR, este descontentamento surge também “da ausência de soluções concretas e oportunas” que respondam a questões relacionadas com “a insuficiência de meios humanos e materiais, concretização do desbloqueamento da carreira e regularização de promoções, regulamentação de um sistema de avaliação do desempenho e aprovação de uma tabela remuneratória”.

A APG sustenta que, apesar da resolução de muitas questões estarem dependentes da tutela, cabe ao responsável da GNR “promover a concretização dos anseios dos profissionais e ser interveniente ativo no sentido de a Guarda dispor de todas as condições, objetivas e subjetivas, para ser verdadeiramente humana, próxima e de confiança e, sobretudo, respeitadora da dignidade profissional dos elementos que a servem”.

Esta associação socioprofissional espera ainda que o novo comandante-geral da GNR assuma “uma postura de recetividade para com o associativismo” e que estabeleça relações de colaboração, à semelhança do seu antecessor.