Era o nome mais comentado para liderar a candidatura do CDS. Assunção Cristas vai ser candidata à Câmara Municipal de Lisboa nas eleições autárquicas do próximo ano. Sobre Lisboa, recordou que foi nessa cidade que "cresceu, estudou e onde começou a trabalhar".

"Sei bem da dificuldade do nosso desafio autárquico em Lisboa e no resto do país", constatou, mostrando-se porém convicta de que o seu partido tem "as melhores ideias e as melhores propostas".

Durante o seu discurso, Cristas destacou ainda os cinco municípios onde o CDS lidera e que entende como "excelentes exemplos" de governação autárquica. "Queremos replicar esses exemplos", defendeu.

"Quero dar o exemplo nesta mobilização do nosso partido [para as autárquicas] e é por isso que darei o meu exemplo sendo candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa".

A líder do CDS-PP sublinhou que Lisboa e os lisboetas merecem "um projeto forte, mobilizador, grande e de futuro".

Em declarações ao Diário de Notícias, o PSD já respondeu à candidatura de Cristas. "Não fomos contactados, não há acordo nenhum", disse Carlos Carreiras, coordenador autárquico do partido.

No entanto, apesar de ser um dos nomes mais fortes e consensuais, não deixa de causar um certo burburinho no ceio político. Ainda na quinta-feira, na reunião da comissão política nacional, várias foram as vozes que avisaram Cristas que será difícil ter um plano B caso obtenha um mau resultado, uma vez que a sua posição perante o partido ficará seriamente enfraquecida.

Porém, muito depende daquilo que Pedro Santana Lopes decida. Se este avançar, Cristas tem o alicerce que precisa para manter a sua posição de líder dentro do partído, ao afastar-se da corrida para apoiar outro candidato de direita com outras munições para fazer frente a Fernando Medina.

Em 2001, Paulo Portas era presidente do CDS e foi candidato à Câmara de Lisboa, acabando por ser derrotado por Santana Lopes. Resta saber qual será a decisão do PSD. Se apoia Cristas ou avança para outro candidato. Contudo, parece pouco provável.

Pedro Passos Coelho já aconselhou "calma" durante a semana dizendo que os nomes para as autárquicas só serão conhecidos para o final do ano.