Num comunicado, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, informou que “pelo menos seis pessoas morreram hoje à tarde quando uma escola da UNRWA foi atingida no acampamento de refugiados de Al Maghazi, na zona central de Gaza”.
Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo pessoal da agência que integra o sistema da ONU, e a escola sofreu graves danos estruturais, afirmou ainda Lazzarini, admitindo que o número de vítimas poderá aumentar.
Na nota informativa, citada pelas agências internacionais, é especificado que “a escola foi atingida durante bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza”.
“Isto é indignante e demonstra uma vez mais um flagrante desrespeito pela vida dos civis. Não existe nenhum lugar seguro em Gaza, nem sequer as instalações da UNRWA”, garantiu o comissário, ao acrescentar que pelo menos 4.000 pessoas estavam refugiadas naquela escola da agência da ONU, transformada nos últimos dias num refúgio.
“Não tinham nem têm outro lugar para onde ir”, frisou o representante.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, a UNRWA fornece diariamente as coordenadas das suas instalações às partes em conflito, referiu ainda o comunicado.
No entanto, desde o início das hostilidades, 14 funcionários da UNRWA foram mortos e pelo menos 24 instalações da agência foram atingidas por bombardeamentos.
Na Faixa de Gaza, e no âmbito do conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave já foram mortos pelo menos 3.000 palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde local, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 61 pessoas, a par de pelo menos 200 detenções.
Mais de 1.400 pessoas morreram em Israel em consequência do ataque em várias frentes lançado pelo Hamas a partir da Faixa de Gaza a 07 de outubro, a maioria das quais civis no próprio dia do ataque, o mais mortífero desde a criação do Estado de Israel, em 1948.
O movimento islamita capturou também 200 pessoas, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas — segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas. Outras milícias capturaram mais 50 pessoas, o que perfaz um total de 250 reféns.
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