“Já tive oportunidade de enviar ao senhor governador geral da Nova Zelândia as minhas condolências em nome do povo português, testemunhando a solidariedade perante aquilo que foi um ataque gravíssimo ao estado de direito democrático”, afirmou aos jornalistas à entrada para a conferência "A Europa e o Presente", organizada pelo jornal Público, no Porto.

Além de testemunhar “consternação e a dor”, o chefe de Estado mostrou ainda a sua solidariedade perante este tipo de atos que são "a todos os títulos condenáveis" por parte das democracias e daqueles que defendem a liberdade, o pluralismo e o diálogo nas relações entre os povos.

Pelo menos 49 pessoas morreram hoje no ataque a duas mesquitas em Chirstchurch, na Nova Zelândia, disse o comissário Mike Bush da polícia neozelandesa, acrescentando que um suspeito vai ser presente a tribunal.

Os ataques tiveram início às 13:40 (00:40 em Lisboa) nas mesquitas de Al Noor, em Hagley Park, e de Linwood Masjid.

Em conferência de imprensa, o comissário Mike Bush informou que “um homem foi acusado de homicídio” e vai ser presente a tribunal pelos ataques contra as mesquitas, situadas no centro da cidade de Christchurch.

Segundo este responsável, as autoridades desativaram uma série de engenhos explosivos improvisados encontrados num veículo após os disparos numa das mesquitas.

Christchurch é a maior cidade da Ilha Sul da Nova Zelândia e a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes, localizada na costa leste da ilha e a norte da península de Banks. É a capital da região de Canterbury.

Um homem que se identificou como Brenton Tarrant, de 28 anos, nascido na Austrália, reivindicou a responsabilidade pelos disparos e transmitiu em direto na Internet o momento do ataque.
Brenton Tarrant deixou um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, no qual procurou justificar as ações.