“Durante toda a noite, ‘drones’ (aparelhos voadores não tripulados) atingiram instalações de energia”, provocando uma situação “difícil” no sistema energético, adiantou a Ukrenergo.

A empresa refere, em comunicado difundido pelo sistema de mensagens Telegram, que, em virtude do ataque, registam-se cortes de eletricidade em Kiev e em “outras dez regiões do país”.

De acordo com as autoridades ucranianas foram disparados sobre a Ucrânia mais de trinta ‘drones’ de fabrico iranianos.

Por outro lado, o Exército russo disse hoje ter abatido quatro mísseis HARM de fabrico norte-americano, sobre a região de Belgrogod, na fronteira entre território da Rússia e a Ucrânia.

“Quatro mísseis HARM (anti-radar) foram abatidos no espaço aéreo da região de Belgorod”, disse o Ministério da Defesa da Rússia no relatório diário difundido através do Telegram.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.