“Qualquer ataque indiscriminado a zonas densamente povoadas ou o bloqueio da ajuda de que estas pessoas necessitam para sobreviver pode constituir um crime de guerra”, alertou Griffiths.

A ONU calcula que metade dos habitantes de Gaza está amontoada na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, e nas zonas circundantes.

A população desta cidade quintuplicou, “com famílias amontoadas em abrigos e a dormir na rua”, disse Griffiths, alertando para a “catástrofe sanitária” que está a acontecer.

Num comunicado, o responsável da ONU sublinhou que, nesta altura, “a ajuda humanitária por si só já não é suficiente”, uma vez que as necessidades são já “enormes” e a insegurança é constante, depois de as Forças de Defesa de Israel (FDI) terem intensificado a ofensiva no sul da Faixa de Gaza.

Griffiths alertou ainda para o facto de o conflito em Gaza poder conduzir a um agravamento da situação noutras zonas.

“O conflito é um incêndio que ameaça consumir a Cisjordânia, o Líbano e toda a região. Esta guerra tem de acabar”, afirmou.

O Ministério da Saúde de Gaza calcula que mais de 27.500 pessoas tenham morrido na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita, lançada como represália pelos ataques de 07 de outubro e perpetrados pelo Hamas, que causaram 1.200 mortos em Israel.