"Posso confirmar que os pedidos que foram feitos à UE receberam uma resposta positiva e agora temos de trabalhar nas diferentes questões que foram colocadas", disse o embaixador da União Europeia em Maputo, Antonio Sánchez-Benedito Gaspar.
Aquele responsável falava à comunicação social, na capital moçambicana, momentos após entregar uma carta à ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, com a resposta ao pedido de apoio feito pelo Governo moçambicano em setembro.
A 16 de setembro, a chefe da diplomacia moçambicana escreveu um ofício ao Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, pedindo apoio na logística e no treino especializado das forças governamentais para travar as incursões armadas de grupos classificados como terroristas em Cabo Delgado.
Antonio Sánchez-Benedito Gaspar explicou que a ideia é fortalecer as capacidades de resposta de Moçambique, esclarecendo, no entanto, que "não está na agenda a vinda de militares europeus ao país".
"Até agora todos os nossos esforços têm estado virados para a parte da emergência humanitária e para a parte de desenvolvimento. Vamos continuar a fazer esforços para a parte da segurança, que está agora a começar. O Governo de Moçambique pediu ajuda e nós vamos dar, mas é uma ajuda mais em termos de formação, logística e serviços médicos para as forças que estão a combater o terrorismo no norte de Moçambique", acrescentou.
A província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, é palco há três anos de ataques armados desencadeados por forças classificadas como terroristas.
A violência provocou uma crise humanitária com mais de mil mortos e cerca de 250.000 deslocados internos.
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