O voto foi lido pelo líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, a quem o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, transmitiu os seus pêsames.
“A sua partida deixa em todos nós um vazio difícil de preencher. A melhor forma de honrar Zeca Mendonça é sabendo, todos nós, que há mais a unir-nos - na vida e na política - do que a separar-nos”, refere o texto do voto, que mereceu a concordância de todas as bancadas e ao qual o Governo também se associou.
No texto, os sociais-democratas recordam Zeca Mendonça como “discreto, competente e de uma lealdade a toda a prova” e lembram o seu trabalho com “17 líderes do PSD, com centenas de deputados do seu partido e com a JSD, com quem teve sempre uma relação especial”.
“O seu humanismo, experiência e sentido de humor tornou-o numa figura incontornável no PSD e no parlamento, sendo muito mais do que espetador. É justo dizer que muitas coisas acontecerem como aconteceram devido à sua sensibilidade para a gestão mediática”, refere o voto.
“Zeca Mendonça, como era carinhosamente conhecido, foi a personificação do ideal de convivência democrática, estimado e respeitado por todos a quem a sua vida tocou - as lideranças do seu partido, o grupo parlamentar, os colegas de trabalho, os dirigentes e trabalhadores dos diferentes partidos e os jornalistas, dos veteranos aos mais novos”, acrescentam.
A Assembleia da República expressou, desta forma, o seu pesar pelo falecimento de Zeca Mendonça, e endereçou as suas condolências aos seus familiares, votação à qual assistiram nas galerias funcionários do grupo parlamentar do PSD.
"Até sempre, Zeca Mendonça", afirmou Negrão.
José Luís Mendonça Nunes, conhecido por 'Zeca Mendonça', morreu na quinta-feira aos 70 anos.
Zeca Mendonça nasceu em Lisboa, na freguesia de Santos-o-Velho, em 23 de março de 1949.
Torna-se funcionário do PSD (então PPD) em 1974, tendo começado como segurança, e em 1977 passou para o gabinete de imprensa do partido, no qual trabalhou durante 40 anos.
Como assessor de imprensa, Zeca Mendonça trabalhou com 16 presidentes do PSD - ou 17, caso se conte com Leonardo Ribeiro de Almeida, que presidiu à Comissão Política quando Francisco Sá Carneiro liderava o partido e era primeiro-ministro – terminando funções no mandato de Pedro Passos Coelho.
Em dezembro de 2017, põe fim a 43 anos de ligação profissional ao PSD para ir reforçar a equipa de assessoria do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
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