O ativista foi o único candidato excluído das eleições para o conselho distrital, a 24 de novembro.
“Condeno com veemência o facto de o Governo estar envolvido em filtragem e censura políticas, privando-me dos meus direitos”, afirmou Joshua Wong, de 22 anos, numa mensagem divulgada na rede social Facebook.
A nomeação do ativista a candidato eleitoral foi considerada inválida, de acordo com uma notificação da Comissão dos Assuntos Eleitorais, partilhada pelo próprio na mesma rede social.
Sem nomear Joshua Wong, o Governo afirmou, em comunicado divulgado hoje no site oficial, que a decisão sobre todos os candidatos já estava tomada.
“O candidato não pode de forma alguma cumprir os requisitos das leis eleitorais relevantes, uma vez que advogar ou promover a ‘autodeterminação’ contraria o conteúdo da declaração exigida por lei a um candidato, a de respeitar a Lei Básica [mini constituição] e jurar lealdade” a Hong Kong, de acordo com um comunicado do executivo local.
Em 2014, Wong foi o principal rosto do movimento conhecido como “revolução dos guarda-chuvas”, movimento de desobediência civil que durou mais de dois meses e na qual se exigia o sufrágio universal na região administrativa especial chinesa.
No mês passado, quando anunciou que iria concorrer às eleições em novembro, Wong advertiu que qualquer tentativa de desqualificação apenas resultaria em mais apoio aos protestos pró-democracia.
Também descreveu a votação como crucial para enviar uma mensagem a Pequim de que a população está mais determinada do que nunca para vencer a batalha por mais direitos.
“Há cinco anos dissemos que voltávamos e agora estamos de volta com uma determinação ainda mais forte”, disse o ativista que chegou a ser indicado para o prémio Nobel da Paz em 2018.
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