A morte de Tônia Carrero, que tinha completado 95 anos em agosto, foi confirmada pela Clínica São Vicente, no bairro carioca da Gávea, onde a atriz estava internada desde sexta-feira.

Atriz de referência da televisão e do teatro no Brasil, Tônia Carrero, nome artístico, nasceu na zona norte do Rio de Janeiro, em 1922, batizada como Maria Antonieta de Farias Portocarrero.

Licenciou-se em Educação Física, mas fez carreira na arte da representação, tornando-se num ícone da cultura brasileira.

Estreou-se no cinema em 1947, com a interpretação de um papel secundário em “Querida Suzana”, filme dirigido por Alberto Pieralisi.

Nesse mesmo ano, viaja para Paris, onde estuda teatro com Jean Louis Barrault.

Dois anos depois, estreou-se no teatro, ao lado de Paulo Autran, na peça “Um Deus Dormiu lá em Casa”, atuação distinguida com o prémio revelação da Associação de Críticos Cariocas.

Em 1965, criou a sua própria companhia de teatro, a Companhia Tônia Carrero.

Cinco anos volvidos, estreou-se em telenovelas, em “Pigmalião 70″, na TV Globo.

Kananga do Japão, Sassaricando e Água-Viva foram outras telenovelas em que participou.

Em 1986, Tônia Carrero escreveu o livro “O Monstro dos Olhos Azuis”, que reuniu histórias da infância da atriz e, em outubro desse ano, foi vítima de um sequestro, do qual escapou ilesa.

O último trabalho da atriz na televisão reporta-se a 2004, com a participação na novela “Senhora do Destino”, enquanto no cinema, com 84 anos, encarnou a personagem Alice no “Chega de Saudade”, de Laís Bodanzky, em 2007.

No ano seguinte, recebeu o Prémio Shell pelos 50 anos de carreira e faz a última aparição no teatro na peça “Um Barco para o Sonho”, dirigida por um dos quatro netos, Carlos Thiré.

O corpo da atriz, mãe do ator Cecil Thiré, será cremado na segunda-feira.

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