“Os atuais operadores deixam de operar porque perderam um concurso limpo e transparente e porque se recusaram a fazer parcerias, que é a forma simples de dizer que se recusaram a trabalhar em regime de subcontratação, com as empresas vencedoras”, referiu o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, no final da reunião pública da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a qual também lidera.
Está previsto para este ano o arranque da nova rede metropolitana de autocarros, que operará sob a marca UNIR nos municípios da Área Metropolitana exceto no Porto, onde a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) detém exclusividade.
O surgimento da nova imagem surge na sequência do concurso público de 394 milhões de euros que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a apresentar "uma imagem comum em todo o território".
Os atuais operadores deixam de operar na íntegra por uma opção de gestão, vincou.
De acordo com Eduardo Vítor Rodrigues, a possibilidade dos atuais operadores continuarem a trabalhar, mas em regime de subcontratação para as empresas vencedoras do concurso, era uma boa solução porque lhes permitiria não perder “todo o seu serviço de um dia para o outro”.
“Não desapareceriam do mapa, pelo menos nesta área, o que me parece uma boa solução”, salientou.
O autarca contou que soube disso porque vários operadores deram conta desse facto à AMP.
E acrescentou: “pela minha parte se eu perdesse um concurso e tivesse a possibilidade de me associar ao vencedor e continuar a trabalhar eu aceitaria”.
Além disso, o presidente da AMP e da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia diz-se “farto” de ver os operadores a “lançarem-se de forma completamente demagógica” contra os autarcas como se estes tivessem a obrigação de adulterar os concursos.
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