Foi um presidente da Assembleia da República visivelmente irritado que disse com veemência: "Os senhores deputados que se querem manter na sessão plenária têm de se manter com s urbanidade, a cortesia e educação que é exigida a qualquer representante do povo português".
Tudo aconteceu logo a seguir às primeiras frases proferidas pelo presidente brasileiro na sessão solene em que foi recebido na Assembleia da República.
"Foi com muita alegria que recebi o convite do presidente Marcelo Rebelo de Sousa que coincidiu com as celebrações do 25 de Abril. Nos últimos dias, tive aqui a incrível sensação de estar em casa, sentimento que acredito é compartilhado por todos os brasileiros que vivem em Portugal e todos os portugueses que vivem no Brasil".
Os quase 140 deputados da Esquerda batem palmas de pé, os 12 do Chega pateiam. A situação prolongou-se por quase um minuto, em número programado que consiste em erguer bandeiras da Ucrânia e cartazes onde se lê "Chega de corrupção".
A esquerda parlamentar levantou-se e aplaudiu de pé, em claro contraponto e Luís Montenegro, líder do PSD, manteve-se sentado e sem expressar crítica ou aplauso.
Terminado o momento, Augusto Santos Silva irrompeu com dureza, exigindo ao Chega "urbanidade, cortesia e educação". "Chega de insultos, chega de degradarem as instituições, chega de envergonhar o nome de Portugal. Chega de degradarem as instituições!", exclamou.
Augusto Santos Silva, visivelmente irritado, pediu aos deputados do Chega para respeitarem a presença de Lula e para pararem de degradar as instituições nacionais.
À medida que as manifestações do Chega se faziam ouvir, a deputada do BE, Mariana Mortágua ia intercalando entre sinais para que baixem de tom e fazendo o conhecido "L" de Lula com o polegar e o indicador.
Em atualização.
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