Falando na apresentação do orçamento municipal para 2018, que se situa nos 833,4 milhões de euros, o vereador das Finanças da Câmara de Lisboa começou por explicar que esta questão "é verificada pela Autoridade Tributária", mas o município "tem poder para definir regras".

"O que estamos a dizer é que, se numa reabilitação urbana se conseguir aumentar dois níveis de eficiência, ou encontrar soluções que permitam reutilizar água da chuva, há então um incentivo do ponto de vista do IMI a ser considerado", elencou o autarca.

João Paulo Saraiva afirmou que este "é um mecanismo que já é usado", pelo que, no próximo ano, a redução passará de 10% para 15%.

Com esta medida, "Lisboa está a propor mecanismos para que seja ainda mais interessante para quem reabilita. Todos precisamos de nos adaptar às alterações climáticas por formar a melhorar o ambiente, precisou.

"Esta é uma medida significativa e consistente com o que temos vindo a fazer na política contra as alterações climáticas", vincou o vereador.

Atualmente, o município atribui uma redução do IMI de 10% por cinco anos aos prédios urbanos com eficiência energética igual ou superior a A ou duas classes superior à antiga, e que aproveitem águas residuais tratadas ou águas pluviais.

Para isso, estas medidas têm de ser resultado de obras de construção, reconstrução, alteração, ampliação e conservação, indica o ‘site' do município.

Esta medida será agora apresentada à restante vereação, bem como à Assembleia Municipal.

Na apresentação do orçamento para 2018, que será apreciado em reunião de Câmara a 14 de dezembro, necessitando de seguida do aval da Assembleia Municipal de Lisboa, o vereador das Finanças também das empresas municipais, que na sua maioria registam leves aumentos nos orçamentos consolidados.

A única exceção é a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), cujo orçamento baixa de 21 para 16 milhões de euros, uma descida de 23,8%.