O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, participou numa homenagem ao ar livre às vítimas no subúrbio de Coogee, no leste de Sydney, onde tinham jogado râguebi seis dos mortos em Bali.

“Estes atos de maldade e depravação calculada roubaram ao mundo 202 vidas, incluindo 88 australianos. Vinte anos depois, a dor continua, sem diminuir”, disse o governante, num discurso para assinalar a maior perda de vidas de cidadãos e residentes do país num ato de terrorismo.

Um grupo de extremistas islâmicos indonésios fez explodir bombas em dois bares na ilha ao bater da meia-noite de 12 de outubro de 2002, fatais para cidadãos de 21 nacionalidades.

Noutros lugares na Austrália, incluindo o parlamento em Camberra, funcionários, políticos, diplomatas e cidadãos comuns reuniram-se em eventos para recordar as vítimas.

“Para muitas pessoas, este evento continua a ser incrivelmente doloroso”, afirmou Ross Taylor, fundador do Instituto Indonésia na cidade australiana de Perth, citado pela emissora pública ABC.

Os ataques do Yemmaa Islamiya, um grupo islâmico considerado um braço armado da rede terrorista Al-Qaida no Sudeste Asiático, mataram 202 pessoas e feriram mais de 200, quando se encontravam no bar Paddys e na discoteca Sari Club, na cidade turística de Kuta. Uma terceira bomba explodiu perto do consulado dos Estados Unidos, em Denpasar, a capital da ilha, sem causar vítimas.

As autoridades indonésias detiveram cerca de 30 pessoas envolvidas nos ataques.

Os principais autores do ataque no centro turístico de Bali, os indonésios Ali Amrozi, Imam Samudra e Ali Gufron, foram detidos nesse mesmo ano, condenados à morte em 2003 e executados em novembro de 2008.

Em 2021, a Indonésia libertou o mentor dos atentados de Bali, o clérigo radical Abu Bakar Bashir, depois de cumprir uma pena de prisão ligada a outra acusação de terrorismo, enquanto em agosto deste ano foi anunciado que a pena do bombista Umar Patek, que cumpre uma pena de 20 anos pelo envolvimento no ataque terrorista, foi reduzida em cinco meses.