“O terceiro aniversário do desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines deixa-nos, porém, sem respostas e muitas perguntas”, disse o ministro de Transporte, Darren Chester, numa cerimónia religiosa em Brisbane.

Chester sublinhou que a busca do avião foi “histórica” e “heroica” e insistiu que apesar do fracasso, as famílias das vítimas “não foram esquecidas”.

“Apesar de não termos tido êxito até agora, mantemos a esperança de que em algum momento no futuro se dê um avanço e possamos encontrar o aparelho e assim dar respostas às suas perguntas”, disse Chester.

A cerimónia teve lugar um dia depois de os familiares de 15 passageiros terem apresentado uma ação na justiça da Malásia contra a companhia aérea, o governo malaio e outros organismos por negligência.

O Boeing 777-200ER desapareceu dos radares a 08 de março de 2014, cerca de 40 minutos depois de descolar de Kuala Lumpur, com destino a Pequim e depois de alguém ter desligado os sistemas de comunicação e virar o aparelho, segundo a investigação oficial.

Peritos estimam que o avião se tenha despenhado numa zona remota do oceano Índico quando se esgotou o combustível.

A bordo viajavam 154 chineses, 50 malaios, incluindo os 12 tripulantes, sete indonésios, sete australianos, cinco indianos, quatro franceses, três norte-americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadianos, um russo, um holandês e dois iranianos.

As autoridades da Malásia, Austrália e China anunciaram a 17 de janeiro que davam por concluída a busca depois de concluírem sem êxito o mapeamento de uma área de 120.000 quilómetros quadrados do leito marinho onde acreditavam que estariam os destroços do avião.

Até à data foram recuperadas peças do avião em praias da ilha francesa de Reunião, Moçambique, Maurícias, África do Sul e ilha Pemba (Zanzibar), que foram arrastadas pelas correntes do Índico.