“Esperávamos que hoje a retirada ocorresse perto de Berdyansk. Mas as tropas russas estão a destruir os nossos planos e não permitem que nossos cidadãos cheguem a Zaporijia”, declarou Boychenko, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
No domingo, um primeiro comboio com cerca de 100 civis chegou a Zaporijia, mas vários milhares ficaram a meio do caminho sem conseguir chegar àquela cidade.
As operações de retirada são realizadas em coordenação com as Nações Unidas e a Cruz Vermelha Internacional e foram acordados para hoje novos corredores humanitários com o lado russo.
No entanto, até agora apenas três dos 14 autocarros planeados para esta operação conseguiram chegar ao território sob controlo ucraniano, segundo o autarca de Mariupol.
Entre Mariupol e Zaporijia são 220 quilómetros, mas é uma jornada muito difícil.
O primeiro trecho consiste em chegar ao chamado “círculo” formado por Berdyansk, Tokmak e Vasylivka para continuar depois até Zaporijia, mais ao norte.
Em Mariupol, as últimas tropas ucranianas continuam a resistir no grande complexo formado pela siderúrgica Azovstal, onde também permanecem grupos de civis à espera de serem retirados.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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