“Vamos pedir a ajuda do Governo para minimizar aquilo que aconteceu, mas há aqui uma intervenção que tem que ser pensada para o futuro porque aquele cordão dunar, neste momento, apresenta grandes condições de risco, o que pode por em causa tanto o ecossistema, como a própria baixa da cidade”, sublinhou.

Segundo Rogério Bacalhau, que falava aos jornalistas durante um balanço dos danos causados pelo mau tempo, a autarquia vai pedir ao Governo “uma reunião de urgência”, uma vez que é preciso criar “um plano de intervenção que dê maior sustentabilidade” ao cordão dunar da Praia de Faro.

“Não são os políticos que vão certamente apresentar soluções, terão que ser estudos técnicos bem elaborados a colocar em cima da mesa essas mesmas soluções e, depois, o poder político tem que decidir como é que as implementa”, declarou o presidente da autarquia.

Nos últimos dias, a Praia de Faro foi fustigada pelo vento e ondulação forte, com o mar a galgar a estrada que separa o mar da Ria Formosa, enchendo-a de areia, mas não chegou a haver nenhuma casa em risco de derrocada ou pessoas em perigo.

“O que estão a tentar é manter as condições de mobilidade para, se houver algum problema, podermos acorrer no mais curto espaço de tempo [ao local]”, frisou.

No domingo, a zona de Faro foi atingida por um tornado, que terá tido origem na Praia de Faro, tal como o fenómeno extremo de vento que na quarta-feira passada afetou a cidade.

Contudo, os estragos do tornado registado no domingo foram mais extensos, afetando também outros concelhos do litoral no sotavento algarvio: Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Segundo Rogério Bacalhau, no concelho de Faro, a eletricidade está praticamente reposta em todas as habitações, havendo algumas “situações pontuais” de falhas, mas a iluminação pública só deverá estar totalmente reposta durante a semana.