A viagem de bicicleta começou junto ao metro de Telheiras, terminando no Martim Moniz. Pelo caminho, a comitiva do candidato e atual presidente da Câmara de Lisboa, passou pela Av. da República, onde caiu um membro do grupo, e pela mais polémica ciclovia da cidade, na Av. Almirante Reis.
Em declarações aos jornalistas, junto à estação de comboio de Entrecampos, Fernando Medina frisou que durante o próximo mandato, se vencer, tem como “grande objetivo fechar a rede que está definida como estruturante da cidade de Lisboa”, referindo que “faltam cerca de 50 quilómetros”.
“Esta rede, basicamente com a mesma definição que ela tem hoje, está em discussão no município de Lisboa, com o mesmo formato, desde o ano de 2002/2003 […]. Estamos agora a fazê-la com esse tempo de atraso, mas vamos completá-la”, garantiu.
Em segundo lugar, Fernando Medina quer melhorar as condições da utilização da bicicleta, criando mais lugares específicos em parques cobertos e “bicicletários em mais zonas da cidade”.
“E, depois, há uma área que eu acho que nós vamos ter de desenvolver de forma muito intensa que é, no fundo, campanhas de sensibilização muito significativas, para acelerarmos a aprendizagem do que é a convergência entre os diferentes modos”, apontou.
O candidato reconheceu que as ciclovias da cidade têm pontos a melhorar, mas descartou a auditoria do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) à rede ciclável, proposta pelo seu principal adversário Carlos Moedas, da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança.
“Eu acho que nós temos sempre coisas a melhorar e iremos sempre melhorar, agora vamos ser muito claros sobre isso. A candidatura do PSD à Câmara de Lisboa utiliza esse pedido para tentar esconder o facto de que eles são contra a mobilidade ciclável na cidade”, defendeu.
“A candidatura do PSD pôs-se ao lado da política do passado. A política do passado é a de embaratecer a utilização do automóvel na cidade. Eu acho que é muito claro o que eles pretendem. Com franqueza, não seria uma grande divergência fazermos melhorias nas ciclovias. Há é de facto uma grande diferença política que ele pretende esconder”, reforçou.
Fernando Medina considerou ainda “um bocado ridículo um candidato de um partido com as responsabilidades do PSD fazer campanha na base do ‘precisamos de melhorar o desenho das ciclovias’”, sublinhando que “qualquer pessoa com bom senso vai melhorando”.
O cabeça de lista da coligação Mais Lisboa realçou que a “bicicleta deixou de ser só um instrumento de lazer” e “é cada vez mais um instrumento ao serviço da mobilidade suave”.
“A utilização da bicicleta não deve ser vista, de forma nenhuma como uma imposição, de ‘vamos todos passar a andar’. Temos é de criar esta liberdade, temos de criar esta possibilidade para que as pessoas possam andar em segurança”, defendeu.
“Quanto mais houver a utilizar, melhor será até para aqueles que tiverem de utilizar o carro”, assinalou.
Sobre os resultados das eleições autárquicas de 26 de setembro, Medina disse que os lisboetas serão soberanos e vão decidir “se querem apostar num projeto de continuidade que tem dado provas de modernização da cidade” ou “se então querem outro projeto diferente”.
Além de Fernando Medina, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (PCP), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
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