“É uma solução de engenharia simples de passar a linha circular àquilo que eu chamo a linha em laço. Isso basicamente é manter integralmente aquilo que está hoje na linha Amarela e na linha Verde”, indicou o cabeça de lista da coligação “Novos Tempos” à Câmara de Lisboa, após uma breve viagem de metro, pelas 08:30, desde a Ameixoeira até ao Campo Grande.
Durante o percurso, o ex-comissário europeu sensibilizou os utentes sobre a futura linha circular, nomeadamente a necessidade de transbordo no Campo Grande para quem utiliza a linha Amarela e quer ir para o centro de Lisboa, uma vez que o trajeto atualmente é de Odivelas ao Rato e o que está previsto é encurtá-lo para de Odivelas até Telheiras.
“Isso vai acrescentar mais 20 ou 30 minutos na vida dessa pessoa, que vai ter de estar à espera do outro metro, vai ter de sair de um metro para entrar noutro metro”, apontou Carlos Moedas, referindo que a maioria dos cidadãos não está informada sobre o impacto da linha circular do Metropolitano de Lisboa.
O candidato “nunca teria feito uma linha circular”, mas, agora que a obra está em curso, a solução passa por “tentar adaptá-la para dar melhores condições às pessoas” com esta linha em laço, que “não tem custos acrescidos”.
Sobre a resistência na aceitação desta proposta, o social-democrata disse que “é uma excelente pergunta para Fernando Medina”, cabeça de lista da coligação PS/Livre à Câmara de Lisboa e atual presidente do executivo municipal, acusando o socialista de mentir quando afirmou que as pessoas não teriam de fazer transbordo.
“Ou Fernando Medina não está informado ou então temos aqui algum problema, mas aquilo que está hoje no papel [mostra que] há um transbordo previsto em Campo Grande. Se Fernando Medina diz que não há esse transbordo, então é porque já mudou de ideias, mas as ideias que estão aqui são essas e é este o plano que está aqui para concretizar, e que vai ter um impacto terrível na vida destas pessoas”, afirmou Carlos Moedas, em declarações aos jornalistas.
Questionado sobre o receio de desilusão do PSD com a sua candidatura à Câmara de Lisboa, o social-democrata respondeu que o caminho já feito é no sentido “contrário”, verificando que os candidatos da coligação “Novos Tempos” estão “cada vez mais próximos” de conquistar o voto dos lisboetas, sobretudo das pessoas que estão indecisas.
“Aquilo que temos é uma dinâmica de vitória que é clara”, assegurou Carlos Moedas, afirmando que o desafio de mudar Lisboa passa pela concentração dos votos na coligação “Novos Tempos”.
Concorrem à presidência da Câmara de Lisboa, no próximo dia 26, Fernando Medina (coligação PS/Livre) Carlos Moedas (coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), Beatriz Gomes Dias (BE), Bruno Horta Soares (IL), João Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Graciano (Chega), Manuela Gonzaga (PAN), Tiago Matos Gomes (Volt), João Patrocínio (Ergue-te), Bruno Fialho (PDR), Sofia Afonso Ferreira (Nós, Cidadãos!) e Ossanda Líber (movimento Somos Todos Lisboa).
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