No final de uma visita à Escola Secundária Viriato, Fernando Ruas – que já foi presidente da Câmara de Viseu e da Associação de Municípios Portugueses – prometeu “ver esse processo bem”, até porque lhe parece que, nalguns casos, há uma situação de “terra de ninguém”.
Na sua opinião, as câmaras não devem “aceitar uma transferência de competências que não venha devidamente acompanhada quer com a mochila financeira, quer com a definição das competências, que é para que depois eventualmente este problema não ressalte para a câmara” e posteriormente para as freguesias.
“Se se quer aproveitar esta faceta da subsidiariedade, então que se receba de uma forma correta e é isso que vamos analisar, porque me parece que há ainda áreas cinzentas”, disse Fernando Ruas aos jornalistas.
O candidato social-democrata exemplificou: “se, por acaso, esta escola precisa de 80 funcionários administrativos, não sei quantos assistentes operacionais, não é legítimo que aceite uma competência que lhe permita pagar metade”.
“Se aceitamos uma coisa que já funciona mal e que os recursos não vêm para a transformar, aceitamos algo de que o governo se quer livrar”, considerou.
O PSD está a dedicar o dia de hoje à educação, uma área para a qual escolheu o atual diretor da Escola Secundária Viriato, Pedro Ribeiro, que aparece em quinto na lista de Fernando Ruas, que foi presidente da Câmara de Viseu durante 24 anos.
As condições dos equipamentos escolares e o equilíbrio na divisão de alunos pelas escolas do centro e da periferia da cidade de Viseu são algumas das preocupações do candidato nesta área.
Nas eleições autárquicas de 2013, Fernando Ruas não se pôde voltar a candidatar devido à lei de limitação de mandatos. Almeida Henriques foi o candidato vencedor do PSD, que ficou à frente dos destinos do município até abril deste ano, quando morreu na sequência de complicações provocadas pela covid-19.
No próximo domingo, Fernando Ruas terá de disputar a cadeira do poder com João Azevedo (PS), Nuno Correia da Silva (CDS/PP), Francisco Almeida (CDU), Manuela Antunes (BE), Pedro Calheiros (Chega), Fernando Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Diogo Chiquelho (PAN).
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