O controlo documental dos cidadãos nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres arrancou hoje às 00:00 e termina às 00:00 de domingo, sendo a entidade responsável o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que está a realizar a 'Operação Fronteira Branca' por ocasião da visita do papa.

Duarte Gonçalves é empresário e às primeiras horas do dia viajou de Portalegre até Badajoz (Espanha) em negócios. No regresso a Portugal e após controlo das autoridades, o empresário confessou à agência Lusa que “concorda com a ação”, sublinhando ainda que se trata de uma “questão de segurança”.

“Esta ação não interferiu em nada na minha rotina, é uma questão de compreensão. Não perturbou em nada, é uma questão de bom senso”, declarou.

Andrea Turolla, que viajava de Madrid com a família, rumo ao Algarve, para passar umas férias, ficou “surpreendido” com o “aparato” policial na fronteira do Caia, desconhecendo “por completo” que a operação estava relacionada com a visita do papa a Portugal.

“Eu concordo com este tipo de operações porque a segurança é importante para evitar um possível atentado”, disse.

Opinião um pouco diferente tem António Joaquim, residente em Sousel e que se deslocou a Badajoz para atestar a sua viatura.

“Não acho bem nem mal esta operação. Se as pessoas tiverem ideia de fazer mal [ao papa] fazem sempre mal, não passam de um lado, passam de outro”, disse o automobilista, em declarações à Lusa.

A operação está a decorrer com “normalidade” na fronteira do Caia, segundo o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Portalegre da GNR, tenente-coronel Carlos Belchior, que sublinhou ainda que os automobilistas e respetivos ocupantes estão a “aderir” com “bastante recetividade”.

O oficial explicou que a operação na fronteira do Caia está a ser desenvolvida por um dispositivo de entre “12 a 15 militares” da GNR, elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e da Autoridade Tributária, tendo como observadores a Guardia Civil de Espanha e o Corpo Nacional da Polícia Espanhola.

“No âmbito desta operação, registámos uma detenção durante a noite, por circulação sem habilitação legal para conduzir. Houve também três recusas de entrada em território nacional por cidadãos estrangeiros indocumentados e que foram devolvidos ao país de onde provinham”, relatou.

Num comunicado enviado à Lusa, o SEF refere que em todas as fronteiras existem pontos de passagem autorizados, sendo nove as passagens terrestres autorizadas.

Estes pontos são Valença-Viana do Castelo, Vila Verde da Raia-Chaves, Quintanilha-Bragança, Vilar Formoso-Guarda, Termas de Monfortinho-Castelo Branco, Marvão-Portalegre, Caia-Elvas, Vila Verde de Ficalho-Beja e Vila Real de Santo António.

Segundo o SEF, são 21 os pontos de passagem nas fronteiras marítimas e nove nas aéreas.

Além da reposição do controlo das fronteiras aéreas, marítimas e terrestres, a ‘Operação Fronteira Branca’ inclui ainda um “reforço de atividade de fiscalização a estrangeiros” no país, “controlos inopinados aos voos Schengen nos aeroportos e embarcações nos portos e marinas, controlos móveis junto aos CCPA (Centros de Cooperação Policial e Aduaneira) e áreas adjacentes e possível reforço da fiscalização e controlo aos movimentos em aeródromos”.

O papa Francisco está a Fátima entre sexta-feira e sábado para as comemorações do centenário das aparições, obrigando a um reforço das medidas de segurança.

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