“Toda a gente ou quase toda a gente está a falar na TAP, mas não é TAP, é a TAP Express, mas, mais complicado ainda, não é bem a Tap Express. É o grupo Omni, que opera aquelas aeronaves”, disse o presidente da direção da Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA), Miguel Silveira.
Em declarações à Lusa, o dirigente da APPLA explicou que “os pilotos da TAP estão a sentir-se atingidos, porque todos falam da TAP quando não corresponde à verdade”, ressalvando que não está em causa a qualidade dos pilotos da Omni, mas “efetivamente não é TAP”.
Miguel Silveira manifestou “reticências” sobre este modelo de negócios “muito anglo- saxónico”, em que, sublinhou, “a operação vai sendo deferida de empresa para empresa e em que se chega a uma altura em que já ninguém sabe quem opera o quê”.
“A TAP Express é uma jogada de ‘marketing’ muito bonita, quando as coisas correm bem. Quando correm mal começam as complicações”, acrescentou.
Em abril, a TAP lançou a designada ponte aérea entre Lisboa e o Porto, com uma nova frota, operada pela TAP Express – a nova designação da Portugalia (PGA) -, com 18 ligações diárias em cada sentido.
O incidente ocorreu no sábado às 21:35, tendo a aeronave ATR proveniente do Porto tocado três vezes no solo antes de ter estabilizado na pista e completado a aterragem no aeroporto de Lisboa.
Segundo a nota informativa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), “os pilotos encontraram condições de chuva forte e rajadas de vento acrescidas de correntes ascendentes e descendentes”.
As 24 pessoas a bordo foram desembarcadas sem qualquer relato de ferimentos, tendo a pista principal do aeroporto de Lisboa ficado encerrada até às 04:14 de domingo.
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