Durante os meses seguintes ao fogo, que teve origem num frigorífico, a polícia londrina estimou que cerca de 80 pessoas teriam perdido a vida no incêndio.

A Polícia Metropolitana de Londres indicou hoje que as duas últimas vítimas foram identificadas esta semana, afirmando acreditar que o número de desaparecidos está fechado e que vai permanecer inalterado.

A vítima mais nova do incêndio na Torre Grenfell é um bebé de sete meses, filho de uma portuguesa que estava grávida na altura do incêndio. Tratada de urgência devido à inalação de fumo, a cidadã portuguesa acabaria por perder o bebé dias após o incêndio.

A polícia londrina informou ainda que 223 pessoas sobreviveram ao incêndio ocorrido a 14 de junho deste ano.

Ao longo dos últimos meses, os sobreviventes da Torre Grenfell têm manifestado a sua frustração pela forma como decorreu o processo de identificação das vítimas, nomeadamente a divulgação do número final de mortos.

A polícia londrina justificou hoje que os níveis de calor extremos registados nos apartamentos destruídos pelo fogo dificultaram em muito a identificação das vítimas.

O comandante da polícia, Stuart Cundy, salientou que as equipas policiais especializadas e todos os especialistas envolvidos no processo “foram até aos limites naquilo que era cientificamente possível para identificar as pessoas".

A polícia também disse que continua a considerar a formalização de acusações de homicídio contra pessoas, além de entidades, em relação a este incêndio.

Um inquérito público foi aberto para descobrir como um pequeno foco de incêndio ocorrido num dos andares do edifício propagou-se de forma tão rápida, tornando-se num dos fogos mais mortais em Inglaterra em décadas.