A estratégia parece ser a mesma da dos dias anteriores: uma organização misteriosa autodenominada “Tsunami democrático” convoca manifestações pacíficas a partir do fim da tarde, mas no início da noite uma minoria formada por jovens encapuçados lança a confusão.
No Passeio de Sant Joan de Barcelona, cerca das 21:00 locais (menos uma em Lisboa), a Lusa constatou que muitos manifestantes já estavam a regressar a casa e a situação parecia calma.
Mais à frente, o cenário alterou-se com a polícia regional catalã (Mossos d’Esquadra) a avisar os poucos transeuntes e os jornalistas presentes para os perigos colocados por um grupo radical que estaria a lançar pedras e objetos com ácido.
Um automóvel estava a arder não muito longe de um posto de abastecimento de combustível, enquanto a polícia enfrentava os grupos radicais que tinham acendido várias fogueiras com contentores que tentavam empurrar contra as forças da ordem a partir de barricadas que tinham feito.
Nos minutos seguintes a confusão era grande, com os bombeiros a tentar apagar os vários fogos no meio da polícia e dos grupos de jovens, alguns deles também com capacetes para se protegerem das balas de borracha que alguns agentes disparavam.
Noutros locais, os grupos radicais tinham arrancado tijolos do chão que arremessavam contra as forças da ordem.
Os jovens gritavam palavras de ordem como “liberdade para os presos políticos” e chamavam “fascistas” e “polícias de ocupação” às autoridades.
Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência em outubro de 2017.
Os juízes decidiram condenar nove deles a penas de nove a 13 anos de prisão por delitos de sedição e peculato.
Depois do anúncio da sentença, começaram a ser feitos cortes de estradas e de vias de caminho-de-ferro um pouco por toda a Catalunha.
Na noite de segunda-feira houve manifestações em redor do aeroporto internacional de Barcelona seguidas de ações de grupo violentos e na noite seguinte a mobilização mudou-se para o centro de Barcelona, onde voltou a haver distúrbios.
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