“Os problemas e as lacunas são óbvios e só se ultrapassam com a construção de um hospital de raiz”, referiu José Manuel Silva.

Após uma visita ao Hospital de Barcelos, que funciona num edifício pertença da Santa Casa da Misericórdia, o bastonário da Ordem dos Médicos disse que aquela cidade precisa de um hospital com mais camas, mais espaço, melhor equipamento e melhores instalações.

Instalações que, adiantou, estão “extremamente envelhecidas” e “provocam constrangimentos imensos” no tratamento dos doentes.

Para o bastonário, um novo hospital “é essencial” para reter profissionais de saúde diferenciados.

“Se esses especialistas têm alternativas de instalações mais recentes, melhor equipadas, em que é possível trabalhar os doentes com mais qualidade, naturalmente que optam por essas alternativas”, alertou.

Como exemplo da falta de condições, José Manuel Silva apontou a sala de observações, “um gabinete absolutamente exíguo, talvez com uns cinco metros quadrados”, onde um doente em ventilação é atendido “num cantinho”.

“Este hospital não preenche nem cumpre atualmente as especificações exigidas para uma instituição hospitalar prestadora de cuidados de saúde de qualidade às populações”, disse ainda.

O Hospital de Barcelos dá resposta a 150 mil habitantes daquele concelho e de Esposende.

Em 2007, o Governo e a Câmara de Barcelos assinaram um protocolo para a construção de um novo hospital na cidade, mas o processo nunca mais avançou, com o PSD e o PS locais a culparem-se mutuamente pelo impasse.