Em artigo longo colocado ao fim do dia de quarta-feira no sítio da BBC na internet, o jornalista Paul Wood escreveu que “em agosto um espião reformado disse [-lhe] que tinha sido informado (da existência de material comprometedor para Trump) pelo chefe de um serviço de informações do leste europeu”.
Mais tarde, acrescentou Wood, questionou, através de intermediários, agentes da Agência Central de Informações (CIA, na sigla em Inglês) no ativo.
Na volta, estes afirmaram que havia “mais do que uma gravação”, “áudio e vídeo” e feitas “em mais do que uma data” e em “mais do que um local”, identificando os hotéis Ritz-Carlton, em Moscovo e São Petersburgo.
Esta informação alegadamente comprometedora de Trump também inclui movimentações de dinheiro russo.
A sensibilidade da informação, que circulava há meses em Washington, motivou inclusive reuniões restritas no Congresso, aos líderes partidários, em que nem sequer era possível tirar notas.
O então líder dos democratas no Senado, Harry Reid, chegou a exigir, em carta dirigida ao diretor da polícia federal (FBI, na sigla em Inglês), James Comey, a divulgação da “informação explosiva” que este teria sobre as relações de proximidade e coordenação entre Trump, os seus principais conselheiros e o governo russo.
Wood citou ainda antigos diretores da CIA particularmente críticos de Trump. Um, Michael Morell, afirmou, no New York Times, que Trump foi recrutado por Putin como agente da Federação Russa; outro, Michael Hayden, que também dirigiu a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), classificou, no Washington Post, Trump como “um idiota útil”, recorrendo à expressão russa “polezni durak”.
O Wall Street Journal noticiou na quarta-feira que um relatório, segundo o qual Moscovo tem relações privilegiadas com Trump e vídeos chocantes com cenas de sexo que o envolvem, teve origem na empresa londrina Orbis Business Intelligence, dirigida por ex-agentes daquele serviço de informações.
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