Segundo uma nota de imprensa divulgada hoje, a reunião, marcada para as 10:00 de terça-feira, foi solicitada por autarcas e deputados do Bloco de Esquerda, com o objetivo de analisar as falhas verificadas nas carreiras fluviais, situação que dizem afetar a população utente dos concelhos ribeirinhos da margem sul.

"A falta de embarcações e a falta de tripulantes habilitados a exercer a função de mestre provocam limitações de recursos humanos e, como consequência, as supressões de horários", refere a nota de imprensa do Bloco de Esquerda.

"Têm sido cada vez mais frequentes os casos de conflitos nos terminais de passageiros, que forçam a entrada para tentar fazer a travessia, como aconteceu esta manhã no Barreiro", acrescenta o documento.

De acordo com a nota de imprensa da Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda, a reunião deverá contar com a presença da deputada Joana Mortágua e de uma delegação de autarcas bloquistas.

A Soflusa anunciou na terça-feira não conseguir prever quando vai repor as ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa, que começaram a ser suprimidas desde sexta-feira devido à falta de mestres.

Em resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa, a Soflusa esclareceu na terça-feira que, “dada a escassez de tripulantes habilitados a exercer a função de mestre, ainda que existam esforços da empresa e um diálogo permanente com a comissão de trabalhadores e sindicatos, não pode prever a reposição da normalidade operacional”.

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro (CUSPAS) realiza na sexta-feira uma ação de protesto contra a situação na Soflusa.

A Soflusa é responsável por fazer a ligação entre o Barreiro e Lisboa, enquanto a Transtejo, que faz parte do mesmo grupo, assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão e Lisboa.