“Acredito que seremos capazes de obter uma nova iniciativa de paz que será um grande passo em frente na obtenção de uma solução para o conflito israelo-árabe e, em última análise, para o conflito israelo-palestiniano. Estou, claro, a referir-me ao que poderia ser uma paz histórica e verdadeiramente espantosa com a Arábia Saudita”, disse Netanyahu, numa entrevista ao canal Al Arabiya, da Arábia Saudita.

O próximo primeiro-ministro de Israel acrescentou que, embora pretenda assinar a paz com Riade e expandir os Acordos de Abraão assinados em 2020 com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein e, mais tarde, com Marrocos e o Sudão, isto dependerá da vontade do Governo saudita.

Riade mostrou alguns sinais de aproximação ao Estado judeu, tais como autorizar as companhias aéreas israelitas a sobrevoarem o seu espaço aéreo, mas as suas autoridades condicionaram a normalização das relações à resolução do conflito com os palestinianos, mantendo assim a posição tradicional do mundo árabe.

Netanyahu, que foi primeiro-ministro durante a assinatura destes acordos mediados pelos Estados Unidos, declarou também que Washington deveria “reafirmar o seu compromisso com os seus aliados tradicionais no Médio Oriente”, especialmente na Arábia Saudita, com os quais afirmou que “não deveria ter um recuo esporádico ou significativo”, uma vez que estas alianças “são uma âncora de estabilidade na região”.

Desde a tomada de posse de Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos, em janeiro de 2021, os laços da Casa Branca com Riade têm sofrido muitos altos e baixos, especialmente por questões de direitos humanos e, mais recentemente, de política energética.