“Hoje decidi abandonar o Partido Socialista. Abandono o partido, mas não abdico do ideal socialista”, afirmou Hamon durante o lançamento do Movimento 1.º de Julho, diante de, segundo ele, 11 mil pessoas reunidas em Paris.
Benoît Hamos, 50 anos, sofreu uma derrota esmagadora na primeira volta das eleições presidenciais de 23 de abril, com apenas 6,4% dos votos, tendo também sido eliminado na primeira volta das eleições parlamentares em junho.
“O Partido Socialista já teve, talvez, o seu tempo. Foram horas gloriosas e a minha convicção é a de que hoje é o momento de virar uma página e fazer um caminho parecido ao de Epinay”, apontou, referindo-se à criação do Partido Socialista na sequência do congresso que decorreu naquela cidade, em 1971.
Dirigindo-se diretamente aos militantes, afirmou não estar a dizer adeus, mas até já aos combates que se avizinham, apontando que se irão reencontrar na grande família de esquerda, “a futura casa comum sem a qual não será possível alcançar a vitória”.
“Pela minha parte, vou agora juntar-me a vocês para participar na reconstrução da esquerda”, disse o antigo ministro do Presidente François Hollande, desejando que o seu movimento seja um “dos pilares em que a esquerda será reconstruída”.
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